A expressão “Filho do Homem” é encontrada com frequência nos evangelhos sinóticos. Em aramaico, a expressão que dizer filho da humanidade
(bar-nascha), ou apenas homem.
No livro de Daniel, mas precisamente na parte onde ele relata
cenas do apocalipse, a expressão denomina o “personagem” ao qual foi dado o
poder, o domínio e a glória. E que vem sobre as nuvens Essa imagem apocalíptica também é relatada em outros textos que os judeus tinham acesso na época,
como Apocalipse de Henoque e de Esdras. Com isso, percebe-se que no contexto judaico essa expressão era ligada ao Ungido, que seria o juiz escatológico
enviado por Deus.
Nos textos sinóticos, vemos que Jesus fez diversos usos desta
expressão. Em primeiro lugar ele prediz a vinda escatológica do “homem” sobre
as nuvens do céu com a finalidade de proceder ao juízo. Neste contexto nota-se
perfeitamente uma parentesco com Dn7,13. Em segundo lugar, Jesus fala do “homem”
como sendo uma pessoa no presente. Já em terceiro ele prediz que esse “homem”
deverá padecer, morrer e ressuscitar.
Jesus teve condições de se denominar “o homem” pois sua
dignidade veio transparecer não só o direito que Deus lhe deu para conceder o
perdão dos pecados, mas também na sua capacidade de curar.
No Antigo Testamento "filho do homem" foi usada
como sinônimo de "homem". Isaías 51:12 diz: "Eu, eu sou aquele
que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o
filho do homem, que não passa de erva?" (cf. Jó 16:21; 25:6; 35:8; Salmos
8:4; 80:17; 144:3; Isaías 56:2; Ezequiel (2:1,3,6 ; Daniel 8:17).
Por tanto, Jesus ao se intitular "Filho do Homem"
estava de maneira pedagógica conduzindo seus discípulos a entenderem quem Ele
realmente era: Homem e Deus. Uma ressalva importante que devemos fazer é que
para alguns teólogos, a expressão também aponta para o significado de Jesus ser
o “homem perfeito”, remetendo ao plano inicial da criação. Sendo o homem sem
pecado.
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